1922 – Nasce em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922, filho de Reginaldo Ribeiro dos Santos, farmacêutico, e de Josefina Augusta da Silveira, professora, cujo apelido era Dona Fininha. O pai faleceu quando Darcy tinha três anos de idade;
1929 – Conclui o estudo primário e secundário em Montes Claros, no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros;
1939 – Muda-se para Belo Horizonte e ingressa na Faculdade de Medicina;
1942 – Abandona o curso de Medicina e se muda para São Paulo onde passa a cursar Ciências Sociais na USP;
1946 – Forma-se em Antropologia pela Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo;
1947 – Começa a trabalhar como etnólogo no SPI – Serviço de Proteção ao Índio;
1947/1956 – Junto com Rondon, no Serviço de Proteção ao Índio, trabalha com os índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia;
1950 – Publica o livro Religião e Mitologia Kadiwéu, pelo qual recebe o prêmio Fábio Prado, da União de Literatura de São Paulo;
1952 – Assume a direção da Seção de Estudos do SPI, onde inicia a organização do Museu do Índio, inaugurado no ano seguinte;
1953 – Funda o Museu do Índio, no Rio de Janeiro, reconhecido pela Unesco -Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – como o primeiro no mundo contra o preconceito e com o objetivo de difundir a cultura indígena;
1955-1956 – Atua como professor de etnologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro;
1957 – Publica os livros Arte Plumária dos índios Kaapor em coautoria com Berta Ribeiro e Uirá Sai à Procura de Deus, obra de ficção baseada na vida indígena;
1957-1961 – É nomeado por Anísio Teixeira diretor da Divisão de Estudos Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, órgão do Inep; e em 1959 Subdiretor do mesmo órgão;
1959 – É encarregado pelo presidente Juscelino Kubitschek de planejar a Universidade de Brasília;
1961 – Exerce o cargo de primeiro Reitor da Universidade de Brasília;
1962 – Publica, em forma de livro, o Plano Diretor da Universidade de Brasília;
1962-1963 – Exerce o cargo de Ministro da Educação do Gabinete parlamentarista presidido por Hermes Lima na gestão do Presidente João Goulart;
1963/1964 – Nomeado Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República de João Goulart;
1964 – Em abril, logo após o golpe militar que depôs o presidente João Goulart, se exila no Uruguai. No mesmo mês, tem seus direitos políticos cassados pelo AI-1. E é demitido dos cargos na UnB e no Serviço de Proteção ao Índio. No Uruguai atua como professor da Universidad de la Republica e participa da reforma e da fundação de várias universidades;
1967 – Publica o livro La Universidad Necesaria;
1968 – Após ter sido absolvido pelo STF das condenações militares que pesavam sobre ele, regressa ao Brasil sendo preso e indiciado em processo por infração à Lei de Segurança Nacional, após a edição do AI-5 em 13 de dezembro. Nesse mesmo ano publica os livros O Processo civilizatório e La Universidad Latinoamericana;
1969 – Apesar de absolvido pela Auditoria da Marinha do Rio de Janeiro deve deixar o país para um novo exílio. No mesmo ano publica As Américas e a Civilização e Os brasileiros: 1. Teoria do Brasil;
1970 – Publica o livro Configurações Histórico-Culturais dos povos americanos;
1971 – Convidado pelo presidente Salvador Allende para assessorá-lo, atua como professor da Universidad de Chile. Publica o livro Os dilemas da América Latina;
1972 – Muda-se para o Peru, onde assessora o presidente Juan Velasco Alvarado na organização do Centro de Participação Social, patrocinado pela ONU- Organização das Nações Unidas. Publica, sob a forma de livro, Université de Sciences Humaines d’Alger;
1974 – Constata em Paris um câncer de pulmão. Obtém licença do governo militar para vir ao Brasil, para se submeter a cirurgia;
1975 – Após seis meses de recuperação, volta ao Peru em maio e estuda a organização de novas universidades de ciências humanas e de planificação social. Elabora estudos para universidades do México e da Costa Rica;
1976 – Publica o livro Maíra, ficção baseada na pesquisa antropológica em convívio com os índios. Retorna do exílio e fixa residência no Rio de Janeiro;
1977 – Participa da 29ª Reunião Anual da SBPC onde faz críticas ao Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral);
1978 – Publica o livro UnB: invenção e descaminho. É laureado doutor honoris causa na Sorbonne, França;
1979 – Anistiado, torna-se professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais;
1980 – Em agosto vai à Holanda participar do 4º Tribunal Bertrand Russel sobre crimes cometidos contra índios na América Latina. Critica a Fundação nacional do Índio- Funai;
1981 – Publica o livro O Mulo;
1982 – Publica o livro Utopia Selvagem, também obra de ficção baseada na pesquisa antropológica. Elege-se vice-governador do Estado do Rio de Janeiro na chapa de Leonel Brizola (PDT);
1983/1986 – Como vice-governador responde pela Secretaria de Ciência e Cultura e coordena o Projeto Especial de Educação, responsável pelo programa das escolas de horário integral- os Cieps. Inaugura em sua gestão o Sambódromo;
1984 – Publica o livro Nossa Escola é uma Calamidade;
1985 – Lança em dezembro Aos Trancos e Barrancos: Como o Brasil Deu no que Deu.
1986 – Publica O livro dos Cieps. É reintegrado como pesquisador sênior do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PDT é derrotado por Wellington Moreira Franco (PMDB);
1987 – Atua, de fevereiro a setembro, na Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Social do Estado de Minas Gerais, no governo Newton Cardoso;
1990 – Elege-se Senador pelo PDT do Rio de Janeiro;
1991 – Licencia-se do Senado e assume, em setembro, a Secretaria Extraordinária de Programas Especiais do Estado do Rio de Janeiro, no governo Leonel Brizola. Recebe, em novembro, o título de doutor honoris causa pela Universidade de Copenhagen na Dinamarca.
1991/1996 – Publica regularmente a “Revista Carta: falas, reflexões, memórias” periódico de cultura do seu gabinete no Senado;
1992 – É eleito para a Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras, que tem como Patrono Fagundes Varela e Predecessor Deolindo Couto;
1993 – É recebido na Academia Brasileira de Letras por Candido Mendes de Almeida, em 15 de abril. Publica, sob a forma de livro, o Plano Orientador da Universidade Estadual do Norte Fluminense;
1994 – Funda a Universidade Estadual do Norte Fluminense;
1995 – Relata no Senado o Projeto da Lei de Diretrizes Bases da Educação. Publica o livro O povo brasileiro;
1996 – Envolve-se com os projetos da Universidade Aberta do Brasil e da Escola Normal Superior e com a organização da Fundação Darcy Ribeiro. Publica o livro “Diários índios: os Urubus-Kaapor”, uma narração da sua convivência com os indígenas, dedicado à sua primeira esposa, também antropóloga, Berta Ribeiro ;
1997 – Morre em Brasília, no dia 17 de fevereiro. Seu corpo foi sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.