A Fundação Darcy Ribeiro criou uma nova seção chamada DARCY PRESENTE – DEPOIMENTOS. O objetivo é divulgar textos de intelectuais brasileiros, latino-americanos e de outros países sobre a atualidade do pensamento e fazimentos de DARCY RIBEIRO, passados quase 30 anos de seu falecimento
Revezaremos as postagens entre Darcy Presente – Depoimentos e Memórias do Futuro, que já conta com mais de 25 textos.
Esta deliciosa crônica de José Ribamar Bessa Freire foi escrita pouco depois da morte de Darcy, mas antes da partida de Berta Ribeiro. Ele mostra, além da irreverência de Darcy, o legado integrado e único de Darcy e Berta sobre a Amazônia. Neste ano em que comemoramos o centenário de Berta, Bessa destaca o conhecimento indispensável produzido por Berta para quem quer conhecer a arte e os saberes dos povos indígenas.
Neste texto O pequeno grande homem, Marcos Terena, fundador da União das Nações Indígenas na década de 1980 e pioneiro na luta pelos direitos constitucionais indígenas, expressa com grande sensibilidade e lucidez, a extensão e o significado da morte de Darcy Ribeiro para o país e, em particular, para os povos indígenas. Marcos, Marçal de Souza, Mario Juruna, inspirados na convivência com Darcy Ribeiro, contribuíram de forma corajosa para que os povos indígenas conquistassem espaço na pauta política brasileira.
Darcy Ribeiro, Homem de Ideias 1996: O Intelectual
Antônio Cândido escreveu este brilhante texto para o Caderno de Ideias do Jornal do Brasil, em janeiro de 1997, em homenagem a Darcy escolhido o Homem de Ideias de 1996, especialmente pela publicação de Diários Índios e pela aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN 9394/96) da qual Darcy foi relator. Era a segunda vez que Darcy recebia este prêmio. A primeira, em 1986, inaugurando a série de Homem de Ideias, que envolveu nomes como Betinho, Luís Fernando Veríssimo, Alfredo Bosi, entre outros.
Temos visto muitas comemorações pelos 40 anos do Sambódromo, mas poucos se referem a seus criadores – Oscar Niemeyer, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola. Trajano Ribeiro, que tocava a Riotur na época da inauguração do Sambódromo, obra boicotada por toda a grande imprensa, em particular a Rede Globo, hoje inconteste, nos conta como foi esta concepção, naquele distante 83/84, quando a mídia dizia que não ia ficar pronto e até que ia desmoronar ou tornar o samba inaudível. Algo que os mais jovens talvez não possam acreditar: o ódio da Globo foi tanto que não transmitiu o carnaval carioca e teve de engolir em seco o sucesso da transmissão da TV Manchete . Este texto é um testemunho do desafio de construir o Sambódromo e do espírito carioca de Darcy.
Inauguramos a seção DARCY PRESENTE – DEPOIMENTOS com o texto In Memorian: Darcy de Alcira Argumedo, importante intelectual argentina falecida recentemente. Ela nos mostra que, apesar de Darcy criticar na época o grupo da qual ela fazia parte, chamando-os de “bandidos” pela crítica feita ao livro As Américas e a Civilização, conclui destacando a importância de Darcy para o crescimento destes “bandidos” defensores da América Latina.