CADERNO FAZIMENTOS 2: Darcy Ribeiro
Este segundo caderno da série Fazimentos reúne o que de mais importante Darcy Ribeiro fez no Rio de Janeiro na área da cultura, nos dois governos de Leonel Brizola (1983-1986 e 1991-1994). Não inclui os fazimentos que estão no Caderno 1, feitos com Oscar Niemeyer: o Sambódromo e os CIEPs. Resgata-se o que foi proposto, no período, o que foi implantado e ainda permanece e o que foi abandonado. “Darcy pôs, sempre, a mão na massa. Seu compromisso básico, o mais perene, chamava-se Brasil, que olhava com a certeza de que não somos vítimas de um destino malvado e sim de um sistema perverso”, diz Eric Nepomuceno na apresentação do caderno.
Com uma definição simples e direta de cultura – o modo singular de um povo exercer sua humanidade, audível na língua que fala; visível, nas coisas que faz; e observável nas condutas – Darcy, como secretário de cultura, quis dar voz às formas populares de expressão, sem fechar espaço às formas consideradas eruditas. Deu visibilidade ao maior patrimônio da cultura e das artes do Brasil, sua profunda diversidade.
Casa Laura Alvim, em Ipanema, inaugurada em 1986, com teatro, galeria de artes, auditório, cinemas, abrigando diversas atividades culturais.
Biblioteca Pública Estadual do Rio de Janeiro, conhecida como Biblioteca Parque, porque o projeto previa uma passarela que a integrava ao Campo de Santana, no centro do Rio de janeiro.
Casa França Brasil, primeira edificação no estilo neoclássico francês, construída em 1819. Teve vida agitada, até 1978. Recuperado, tornou-se importante centro de exposição no Rio de Janeiro.
Monumento a Zumbi dos Palmares, inaugurado em 1986, o líder da maior rebelião de escravos do Brasil, em bronze, reproduz um desconhecido de Benin, representando todos os escravizados arrancados da África rumo ao Brasil.
E mais: Casa da Flor, em São Pedro de Aldeia; Pedra do Sal, a ‘Pequena África’ no centro do Rio de Janeiro; Fundição Progresso; Arte nos Muros; 100 km de praias do estado do Rio de janeiro.
Autor(es):
- Darcy Ribeiro