CADERNO FAZIMENTOS 4: Darcy, antropólogo

Este quarto caderno da série Fazimentos relata a trajetória de Darcy Ribeiro como antropólogo, desde que se graduou na Escola Livre de Sociologia e Política em São Paulo em 1946 e ingressou no antigo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1947, até o final de sua vida, senador, em fevereiro de 1997. Este fascículo, escrito por Aline Torres e Ellen Vogas, equipe responsável pelo Arquivo Darcy e Berta Ribeiro, é composto por cinco partes: Darcy Ribeiro, antropólogo; Parque Indígena do Xingu; Museu do Índio; Curso de Aperfeiçoamento em Antropologia Cultural; e Estudos de Antropologia da Civilização.

As autoras destacam que Darcy Ribeiro introduziu a produção científica antropológica nos órgãos oficiais de assistência aos índios. Sua paixão e envolvimento com a causa indígena transbordam nos romances que escreveu, particularmente em Maíra e Utopia Selvagem. No Senado, não só defendeu, mas ampliou os direitos dos indígenas em relação a conflitos e demarcação de seus territórios. Seus pronunciamentos sobre os índios tornaram-se referências obrigatórias para o pensamento social brasileiro.

Entre seus fazimentos, Darcy escreveu o projeto do Parque Indígena do Xingu, em 1952, que só foi inaugurado em 1961. O Museu do Índio, fundado em 1953, além das atividades científicas e culturais, tinha objetivo específico de desmentir os preconceitos usuais em relação aos índios, função singular que o distinguia de museus etnográficos de todo o mundo. O Curso de Aperfeiçoamento em Antropologia Cultural pretendia contribuir para a consolidação do Museu do Índio. O Caderno finaliza com breve descrição de cada um dos seis livros de Darcy que compõem seus Estudos de Antropologia da Civilização.

Autor(es):
  • Darcy, antropólogo