Memórias do Futuro

Darcy Ribeiro era um visionário. Com a leitura que fazia do Brasil, desigual e injusto, e as causas que percebia para chegar ao que chegamos, projetava um Brasil promissor, pleno de riquezas, justiça e democracia, onde este povo multiétnico viveria de forma solidária. As memórias de Darcy projetam um futuro de esperança e próspero para todos.

Neste momento que vivemos no Brasil, nada como semear a esperança.  A Fundar, iniciando pelo artigo Indignação, disponibiliza, a cada mês, um texto das muitas memórias de Darcy sobre tudo que diz respeito ao Brasil, colaborando para alimentar esperança neste povo tão belo, com tanto potencial e tão maltratado.

VIVA OS 100 ANOS DE DARCY! VIVA O BRASIL

Berta Gleiser

Darcy e Berta nasceram em outubro. Berta em 2 de outubro de 1924 e Darcy em 26 de outubro de 1922. Para marcar o aniversário desses dois antropólogos que, cada um a seu jeito, deixaram um valioso legado para a Antropologia e a Etnologia no Brasil, a Fundação traz o capítulo que Darcy dedica a sua amada Berta, publicado no livro Confissões.

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Saudades de Berta

Para marcar a passagem do centenário de Berta Ribeiro, que está sendo comemorado com o seminário Mulheres na ciência e 100 anos de Berta Ribeiro, no Memorial Darcy Ribeiro, no campus da UnB, nos dias 28 e 29 de agosto, a Fundação transcreveu estes pequenos trechos a partir dos diários de campo de Darcy, durante suas viagens aos Urubu-Kaapor, entre 1949 e 1951. Suas anotações eram em forma de cartas para Berta, com quem foi casado por três décadas. Antropóloga, Berta abriu trilhas do conhecimento, elaborando instrumentos para os estudos de cultura material dos povos tradicionais e dedicando sua militância à defesa deles. Essas anotações foram reunidas no livro Diários índios: os Urubu-Kaapor, publicado em segunda edição pela editora Global em 2020.  

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Viva Elas

Por ocasião das Olimpíadas de Paris, a Fundar optou por publicar pequena crônica de Darcy sobre seu encantamento com a apresentação das atletas brasileiras nas Olimpíadas de 1996, compensando a frustração do povo brasileiro com o fracasso da seleção de futebol masculina no evento. Tece considerações sobre o sentimento de alegria e identidade com valores populares na música e no futebol brasileiros.

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Êxitos de Jango

Com esse texto em que Darcy Ribeiro destaca os êxitos de Jango, a Fundação Darcy Ribeiro conclui a homenagem ao presidente João Goulart, nesta data que registra os 60 anos do Golpe desferido contra a democracia brasileira.

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Jango

Neste mês de março, que completa 60 anos do golpe cívico-militar desferido contra a vigência do estado de direito no Brasil, a Fundação Darcy Ribeiro disponibiliza o capítulo Jango publicado no livro Confissões de Darcy Ribeiro. É fundamental trazer o perfil, o pensamento e as ações de João Goulart, em particular nas palavras de Darcy, a quem Jango confiou a condução das reformas de base necessárias para o desenvolvimento autônomo do Brasil. Seu depoimento é lúcido e sensível, digno de quem recebeu a confiança do presidente na época, e de conhecimento indispensável para os que procuram entender o que se passou naquele momento, por parte dos “vencidos”. 

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Darcy Ribeiro e o AI-5

Por ocasião dos 55 anos do Ato Institucional no. 5, publicado em 13 de dezembro de 1968, a Fundar apresenta extratos do diário de Darcy Ribeiro escrito durante sua prisão, quando tomou conhecimento da publicação do AI-5, tirando-lhe a possibilidade de um habeas corpus. Após meses preso, Darcy partiu para seu segundo exílio. 

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Confrontos

Ao longo de sua vida, Darcy foi se constituindo como cidadão e como intelectual. Nasceu mineiro, tornou-se brasileiro engajado e, no trajeto do exílio, converteu-se em um latino-americano militante. Não era mais possível entender e explicar o Brasil sem considerar a questão da latino-americanidade. Neste texto, intitulado Confrontos, que compõe o último capítulo do livro O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil, Darcy exorta a unificação com todos os latino-americanos para formar a Nação Latino-Americana. Ainda há tempo para alcançar esse clamor. Sigamos!

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Minhas Peles

Para comemorar o 101º. Aniversário de Darcy, a Fundar publica no Memórias do Futuro parte de um texto muito conhecido dele, o discurso que pronunciou quando recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Copenhague, uma das mais antigas e prestigiadas do mundo. É um texto em que revê sua vida, seus projetos e seus fracassos. É comovente. Leiam e compartilhem. 

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Salvador Allende

Há 50 anos, no dia 11 de setembro,  Salvador Allende, presidente eleito do Chile, foi assassinado pelas forças golpistas lideradas pelo general Augusto Pinochet. Este texto do Darcy Ribeiro, composto de dois extratos de obras diferentes – Testemunho e Confissões – relata brevemente as circunstâncias desta tragédia chilena e a postura heróica de Allende.

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Getúlio Vargas

O mês de agosto sempre nos traz à lembrança o suicídio de Getúlio Vargas, ato histórico que mudou o rumo da vida política brasileira. Darcy Ribeiro descreve como este acontecimento impactou o país e mudou a sua visão e de outros intelectuais sobre a realidade brasileira. A despeito de Getúlio Vargas ser uma figura polêmica, Darcy apresenta seus argumentos para uma outra leitura da política nacional 

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A Utopia Brasil

Após seis meses de vigência de um governo democrático, capaz de fazer renascer a esperança de dias melhores para o povo brasileiro, aproveitamos a oportunidade para contribuir com esta revitalização apresentando um texto de Darcy Ribeiro chamado Utopia Brasil, em que ele, com base na sua análise histórica do nosso país, apresenta sua esperança para o futuro. 

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Terra

Aproveitando a passagem do mês de junho, em que o Brasil lembra dos agricultores de “forma folclórica”, publicamos o texto que Darcy denominou Terra, relembrando a lei fundiária brasileira e exaltando a legitimidade do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. 

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Negro, O Mais Brasileiro dos Componentes do Nosso Povo

No mês de maio, comemora-se a abolição da escravatura no Brasil. É necessário que se discuta criticamente como este processo de “libertação” dos escravos se deu. Para colaborar com a compreensão deste fato, publicamos o texto de Darcy Ribeiro em que afirma o negro como o componente mais brasileiro do fazimento do nosso povo. 

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Balanço da Ditadura

Para contribuir com o debate sobre a memória nefasta da ditadura militar brasileira neste aniversário do golpe militar, a Fundar selecionou este texto de Darcy Ribeiro. Seu balanço da ditadura militar publicado seis meses antes de sua morte, diante da iminência das eleições municipais de 1996, nos dá a dimensão do retrocesso que nós brasileiros sofremos, das marcas que permanecem tatuadas na nossa sociedade e do inevitável esforço a ser feito para recuperarmos a dignidade de nação, após outro período de trevas que acabamos de atravessar. 

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Os Yanomami

Leiam o 1º parágrafo deste texto e se perguntem em que ano foi escrito. Sendo o autor Darcy Ribeiro, só pode ser datado até o início de 1997. Vejam a atualidade do nosso Darcy sobre os Yanomami, é curtinho. Foi publicado pela primeira vez em 1990. Revigore em você o direito dos povos originários ao seu território. É uma questão de sobrevivência. 

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Um Ministro Agride os Índios

Este texto relaciona-se à participação de Darcy Ribeiro na 30ª reunião anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência/SBPC, realizada na Universidade de São Paulo em julho de 1978. Darcy chegara há pouco do seu terceiro exílio e fora convidado para participar da mesa de debate intitulada  A Questão Indígena, juntamente com os antropólogos Lux Vidal, Carmen Junqueira, Shelton Davis e Dom Tomás Balduíno. Darcy Ribeiro dirige suas críticas ao Ministério do Interior ao qual a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) estava vinculada. Este texto está no livro Ensaios Insólitos, publicado pela Editora Global em 2015.

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Presepe

“… O melhor para mim e para meu irmão, Mário, era a manhã de Natal, pois íamos buscar embaixo das abas do presepe os presentes que havia para nós. Formidável também era ver de longe o desarme do prcsepe, a retirada cuidadosíssima de cada uma das muitas figuras de porcelana e sua embalagem bem defendida num caixão que ficaria fechado o ano inteiro esperando pelo Natal…”

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IIntérpretes do Brasil – Darcy Ribeiro

Em comemoração ao centenário de nascimento de Darcy Ribeiro, neste ano de 2022, a seção Memórias do Futuro está postando extrato do filme “Intérpretes do Brasil – Darcy Ribeiro” de Isa Ferraz e Zita Carvalhosa. Durante menos de cinco minutos, temos a voz e a imagem de Darcy expondo as bases de sua convicção da potencialidade do Brasil no panorama mundial e a singularidade do povo brasileiro para concretizar esta utopia .

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LULA LÁ

“Apesar de todos eles, havemos de amanhecer”
Com essa frase Darcy Ribeiro termina o texto escrito entre o 1º e 2º turnos para eleição presidencial de 1989. Vejam a pertinência com o momento que estamos vivendo! Um texto de defesa do povo brasileiro, que Darcy nos deu de presente, pela passagem do seu centenário de nascimento. Viva Darcy Ribeiro!

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As Condições e Possibilidades do Povo-Nação Brasileiro

Este texto é um extrato da Introdução ao livro O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil escrito por Darcy Ribeiro e publicado em 1995. Nele, Darcy afirma que a uniformidade cultural brasileira e nossa unidade nacional não devem nos cegar para as disparidades, contradições e antagonismos que estão por baixo delas. Enfatiza que esta unidade resultou de um processo contínuo e violento de unificação política e que a uniformidade cultural brasileira esconde uma profunda distância social e um antagonismo classista que corresponde a uma estratificação social exacerbada.

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Nossas Elites

O Brasil tem uma elite? Sim, obviamente tem. Resta saber se é uma elite boa ou ruim. Elite é aquele corpo seleto de pessoas que maior influência exerce na organização e na condução de sua sociedade. Ela é formada por dois corpos principais: o patronado, que tira seu poderio da propriedade e exploração de empresas produtivas e de bancos; e o patriciado, formado pelos que mandam através do desempenho de cargos, como os políticos, os juízes, os generais, os tecnocratas, os administradores, os bispos, os principais jornalistas e tantos outros.

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Universidade, para quê?

Discurso, pronunciado pelo primeiro reitor da UnB, Darcy Ribeiro, durante a cerimônia de posse do reitor Cristovam Buarque, em 16 de agosto de 1985, foi publicado pela primeira vez no livro O Brasil como Problema, em 1990, pela Editora Siciliano; o discurso veio a público posteriormente na Revista Carta no 12, editada pelo Senado Federal em 1994; no livro O Brasil como problema, foi reeditado em 1995, pela Editora Francisco Alves, e novamente em 2015 pela Editora Global. O discurso faz parte da coletânea de textos de Darcy Ribeiro no livro Educação como Prioridade, organizado por Lúcia Velloso Maurício e publicado pela Editora Global em 2018.

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Poluição

Estamos destruindo a vida com virulência tal, que parece suicídio. Seria uma morte procurada, se não fosse o resultado da destrutividade humana, aparentemente inevitável, que acabará mesmo com tudo que vale a pena. Só não o fará, de fato, se se desencadear uma nova revolução; depois da primeira, divina, que engendrou a vida; e da segunda, humana, que humanizou e mecanizou o mundo. A terceira seria um freio que detivesse a poluição e a destrutividade. 

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Indignação

Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando e lutando, como um cruzado, pelas causas que me comovem. Elas são muitas, demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade, somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isto não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas. 

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Transfiguração Étnica

Em 1952, a UNESCO, recém-nascida, se tomou de entusiasmo por duas lições que o Brasil podia dar ao mundo. Nossa democracia racial, fundada na livre mestiçagem de índios, negros e brancos. E a não menos assinalável assimilação dos povos indígenas que, depois dos primeiros contatos com as fronteiras da civilização, nela se fundiram, indiferenciáveis.

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Projeto Caboclo

A Amazônia constitui uma das maiores preocupações da gente de toda a Terra. Todos queremos salvá-la, tanto a floresta maior do mundo que é o Jardim da Terra quanto, e sobretudo, os povos da floresta.

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O Nascimento da UnB

Assim que Juscelino Kubistchek assumiu a Presidência, seu compromisso de criar Brasília, mudando a capital para o interior, tornou-se o principal tema de debate nacional.

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Política

A Lei da Anistia trouxe de volta milhares de brasileiros. Inclusive meu amigo Leonel Brizola, que retornou em setembro de 1979. Fui recebê-lo em São Borja, porque ele quis regressar por lá, terra de Getúlio, de Jango e de sua mulher Neuza, irmã de Jango. Foi bonito vê-lo chegar, alegre, eufórico, abraçando toda gente e olhando, comovido, um grande corpo de cavaleiros que vieram em marcha saudá-lo, portando altíssimas lanças embandeiradas. Eu também me comovi.

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Utopia Como Projeto

Em 1995, Darcy Ribeiro participou de um evento – Diálogos Impertinentes – sobre o tema Utopia com o escritor e psicanalista Rubem Alves, promovido pela TV-PUC SP, no qual ele traduz o que entende por utopia. Na seção Memórias do Futuro, transcrevemos alguns trechos em que Darcy Ribeiro concebe a utopia como um projeto de sociedade que orienta a ação política.

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As Mulheres

Acabamos de acompanhar, na China, um imenso Congresso de Mulherologia. Discutiram, brigaram, mas acabaram produzindo um belo documento resolutivo. A gente fica com esperança de que isso venha a melhorar a situação das mulheres do mundo inteiro a longo prazo.

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Brasil: A Indianidade Original

O Brasil é um país tão surpreendente que tudo aqui é coetâneo. Neste sentido, se pode dizer que nós não temos eras, nem idades. Tudo aqui ocorre simultaneamente. Vejam só: quem quer que viaje pelo interior do país, se viaja muito, acaba encontrando com um mundo igualzinho àquele com que se deparou Cabral. Lá está, no fundo das matas, o indiozinho pelado com a mesma inocência e na mesma desproteção com que o primeiro indígena viu o primeiro europeu que chegava. Para aquele índio, a nossa expansão representa uma ameaça tão mortal e tão fatal como o foi a invasão portuguesa para os que estavam na costa em 1500 e que desapareceram sob a avalanche chamada civilização.

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Política Cultural

Num balanço de minhas atividades à frente da Secretaria de Ciência e Cultura escrevi certa vez que a cultura é, para mim, o modo singular de um povo exercer sua humanidade: audível, na língua que fala ou na forma que canta; visível, nas coisas típicas que faz; observável, nos seus modos peculiares de conduta. Assim entendida, a cultura é atributo nosso, mas o é também dos xavantes e dos chineses

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